A Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) realizou, na última quinta-feira (14), a segunda etapa da operação de combate ao desmatamento ilegal e às construções irregulares na Mata do Frio, localizada em Paulista, na Região Metropolitana do Recife. Durante a fiscalização, as equipes constataram novamente a supressão de vegetação nativa sem autorização ambiental, além da retomada de obras ilegais que já haviam sido embargadas pela Agência no mês anterior. Para impedir o avanço das infrações, cinco estruturas em alvenaria foram demolidas com o uso de retroescavadeiras, e todo o material de construção recolhido seguiu para descarte adequado em um aterro sanitário.
A ação marca a segunda intervenção da CPRH no local em um intervalo de 30 dias. No último dia 29 de outubro, fiscais ambientais já haviam identificado e interrompido construções irregulares na área. No entanto, na nova visita realizada nesta semana, foi constatado que as obras foram retomadas de forma clandestina, elevando o risco de danos ambientais mais severos ao ecossistema local. A Mata do Frio é uma Unidade de Conservação Municipal composta por 42,7 hectares de Mata Atlântica, área considerada de relevante interesse ecológico por sua biodiversidade e importância para a manutenção dos serviços ecossistêmicos da região. Por esse motivo, qualquer intervenção no território depende de autorização e licenciamento ambiental específicos.
O diretor de fiscalização ambiental da CPRH, Maviael Torchia, ressaltou a importância da atuação conjunta entre os órgãos envolvidos e reforçou que o trabalho de monitoramento será intensificado nos próximos meses. “A Mata do Frio é uma Unidade de Conservação que possui riqueza de fauna e flora. Estamos monitorando a região e vamos continuar fiscalizando, em parceria com a Prefeitura, para coibir os desmatamentos e as ocupações irregulares. A mata precisa ser preservada”, destacou.
A operação contou com o apoio da Prefeitura de Paulista, do Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA) e do 17º Batalhão da Polícia Militar, reforçando a integração entre município, Estado e forças de segurança no enfrentamento aos crimes ambientais. Segundo a CPRH, novas ações deverão ser realizadas a qualquer momento para garantir a proteção do território e evitar novas tentativas de ocupação irregular na área protegida.
Foto/ Imagem: Divulgação/ Richard Xavier
