Conscientização sobre o Câncer de Pâncreas reforça alerta para doença silenciosa e altamente letal

Isabel Gusmão
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O Dia Mundial de Conscientização sobre o Câncer de Pâncreas, lembrado em 15 de novembro, trouxe novamente à tona a gravidade dessa doença, marcada pela agressividade, pelo diagnóstico tardio e por uma das menores taxas de sobrevivência entre todos os tipos de câncer. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), apenas entre 3% e 12% dos pacientes sobrevivem por cinco anos após o diagnóstico no Brasil, um indicador diretamente relacionado à dificuldade de identificação precoce.

A oncologista Débora Porto, diretora médica do NOA (Núcleo de Oncologia do Agreste), explica que o pâncreas desempenha funções vitais no organismo, tanto no processo digestivo quanto na regulação da glicose. Apesar disso, é um órgão pouco lembrado pela população até que sintomas importantes começam a surgir. “O câncer de pâncreas é a oitava causa de morte por câncer no mundo e um dos tumores cuja sobrevida tem evoluído muito pouco nas últimas décadas”, destaca.

Entre os sintomas mais comuns estão dor abdominal persistente, perda de peso sem causa aparente, icterícia — caracterizada pelo amarelamento da pele, mucosas e olhos —, além do surgimento de diabetes recente, especialmente em pessoas acima dos 50 anos. Débora Porto reforça que alguns fatores de risco merecem atenção, como tabagismo, pancreatite crônica, histórico familiar da doença e tipos específicos de cistos pancreáticos.

O tratamento varia conforme o estágio em que o tumor é descoberto e pode envolver cirurgia, quimioterapia e, em casos selecionados, radioterapia. No entanto, a médica ressalta que a maioria das pessoas recebe o diagnóstico em fases avançadas, quando a possibilidade de intervenção curativa é menor. “Isso torna o tratamento mais desafiador e reforça a necessidade de vigilância e informação”, pontua.

A oncologista destaca ainda o papel da conscientização como ferramenta essencial para mudar o cenário. “Informação salva vidas. Reconhecer sintomas, identificar quem tem risco aumentado e garantir acesso rápido a exames são passos fundamentais para melhorar o diagnóstico precoce e, consequentemente, a sobrevida dos pacientes”, afirma.

Com 15 anos de atuação em Caruaru, o NOA se consolida como referência em cuidados oncológicos no Agreste pernambucano. A clínica reúne uma equipe multiprofissional composta por especialistas em oncologia, hematologia, mastologia, cirurgia oncológica e torácica, endocrinologia, além de profissionais de enfermagem, farmácia, psicologia, nutrição, odontologia e fisioterapia. O serviço oferece consultas médicas, infusões de tratamentos antineoplásicos e imunobiológicos, acompanhamento durante internações e suporte de enfermagem especializada.

O NOA também disponibiliza enfermeira navegadora para auxiliar pacientes na realização de exames e procedimentos, garantindo agilidade no percurso assistencial. Todas as condutas seguem evidências científicas atualizadas e diretrizes internacionais no manejo dos diferentes tipos de câncer.


Foto/ Imagem:  Divulgação/ Cláudio Rodrigues


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