Este mês é dedicado à prevenção de uma doença que pode mudar por completo a vida de uma pessoa, afetando o principal sentido com o qual nos conectamos ao mundo e aos outros: a visão. O Abril Marrom tem como objetivo conscientizar a sociedade sobre a importância da saúde ocular e as formas de evitar ou tratar a perda da visão a tempo de reverter o quadro.
No Nordeste brasileiro, a conscientização sobre a deficiência visual é ainda mais crucial, dada a preocupante prevalência de pessoas com algum tipo de deficiência na região. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Nordeste lidera os números de pessoas com deficiência em várias categorias, incluindo visual, auditiva, motora e mental.
Os estados nordestinos representam 10,3% do total de pessoas com deficiência no país, segundo a Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) de 2022, com uma estimativa de 5,8 milhões de indivíduos vivendo com alguma forma de deficiência na região.
Análises mais detalhadas do IBGE mostram que, no Nordeste, 21,2% da população declara ter deficiência visual, destacando a necessidade urgente de atenção à saúde ocular na região. Além disso, a região é líder em números de PCDs em todo o país, de acordo com o Censo 2010.
Globalmente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que mais de 253 milhões de pessoas vivem com deficiência visual, enquanto no Brasil, aproximadamente 6,9 milhões de brasileiros enfrentam dificuldades diárias devido à perda moderada ou grave da visão.
É fundamental destacar que a maioria dos casos de cegueira poderia ser evitada com um diagnóstico precoce e tratamento adequado. Entre as principais causas de perda de visão estão a catarata, glaucoma, erros refratários não tratados, retinopatia diabética e degeneração macular relacionada à idade.
Além disso, o aumento do tempo diante das telas tem contribuído para o aumento de casos de miopia, especialmente entre crianças e jovens. Estima-se que até 2050, metade da população mundial possa desenvolver miopia, de acordo com a Academia Americana de Oftalmologia.
Portanto, o Abril Marrom não apenas destaca a importância da prevenção e tratamento da deficiência visual, mas também ressalta a necessidade de conscientização sobre os cuidados com a saúde ocular, especialmente no Nordeste brasileiro, onde os desafios são ainda mais evidentes.